Há palavras que fluem naturalmente como a água corrente de
um rio. Outras há que embatem nos rochedos da timidez ou simplesmente se
escondem à espera de uma oportunidade para saltar cá para fora. Com a
finalidade de libertar a inspiração oculta pelos sorrisos rasgados e o olhar
cintilante dos nossos jovens, a equipa da Biblioteca Escolar realizou dois
workshops de escrita criativa, um direcionado aos alunos do 11º A e outro ao
11ºD.
As técnicas utilizadas não constituem novidade, mas
revelam-se funcionais: “poema ladrão”; criação poética a partir de recortes de
frases / palavras; escrita inspirada em receitas, anúncios, rótulos de
alimentos, entre outros; produção a partir de artigos de revista, nos quais são
riscadas algumas palavras.
O resultado espelhou-se na
concentração dos alunos durante estas sessões. Rodopiando de mesa em mesa, de
modo a passar por todo o tipo de estratégia, os papéis brancos, inicialmente
fornecidos, rapidamente se preencheram de palavras escondidas entre os sonhos,
acorrentadas entre as inúmeras tarefas que os currículos atuais exigem.
E assim, do nada (ou quase), a alma lusitana, eternamente
poética, se libertou por uns instantes…
«Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como
um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como
o simples coração de uma criança.» (Hemingway , Ernest)
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