terça-feira, 26 de março de 2019

Workshops de escrita criativa - o resultado está à vista!


Palavras à sorte

Escolhi uma palavra a sorte
e calhou-me “portuguesa”
Não consigo fazer um poema.
Mas que tristeza!

Isto não vai ficar bem
nem com ajuda de magia.
Cada vez que escrevo poemas
Desrespeito a poesia.

Já não vem nada
A esta cabeça oca
Mais vale escrever porcaria
Do que dizê-la pela boca.

Diogo Dias 11A

Cinema com palavras.
Menores com vida.
Abre a janela, cidade aberta.
Vê e ouve livros.
Neste mês de março abre a janela.

Diogo Soares 11A

Arrisca Riscar

Marie é assediada pelo Georges, que lhe rouba a prostituta. Os problemas só começaram...

Diogo Dias 11A

Com vergonha do segundo marido, Alberta mata o cão, dentro das grandes paredes da casa, com as janelas abertas. Duas das filhas, lutam uma com a outra para conquistarem o seu amigo. A escolha de uma luta é um apelo à violência que aumenta no mundo.

Gonçalo Lemos 11A

Quando pensas que a tua vida é má, mas vês uma imagem do passado, no qual crianças trabalham como escravas, quase de graça, sem acesso à liberdade da infância, apercebes-te de que afinal aquele 3,3 a matemática não é razão para o suicídio.

Carlos Alves 11A

Fragmentos

Acordei ontem de manhã de um sono inocente. Comecei a ver, sentir e ouvir, e descobri que estava à descoberta, à procura de algo ou alguém, à procura de um fim, à procura de algo que começasse e acabasse, como a lenha acaba em cinzas brancas depois de ardida, à procura de visões, à procura de diferentes formas de procurar…

Daniel Campos 11A

Braga, cidade bela
Onde os deuses repousaram
Por paisagens quase sentimentais
A cultura foi criada.

Catarina Pereira 11A

Existia um cão
Com um bom coração.
Ele gostava de viajar
Por dentro do mar.

O cão era o capitão,
Chefe do navio.
Não tinha ninguém no coração
Pois o tinha vazio.

Ariana Morais 11A

Quando tudo parece acabar
A música é única opção
Pois com ela conseguimos acalmar
O desespero do nosso coração.

Apesar de tudo piorar
Só há uma forma de esquecer:
Colocar os fones a tocar
E esquecer da vontade de morrer.

José Vilaverde 11A

Retorno ao ponto de partida a fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido com roupa passada a ferro como forte, oposto da chegada com restos de chamas dentro do corpo, entre um começo e o outro não há nada senão gritos desesperados sob as conversas.

Carlos Alves 11A

Por mais que o tempo passe
eu não consigo com este sofrimento de amar.
Por isso mesmo eu não sei o que faça,
portanto não me critique por minha raiva descarregar.

Por mais que eu tente não posso fugir
E o melhor que eu faço
É descarregar e a boca abrir.

João Barroso 11D

Poema ladrão.

Homem Ferreira de Melo.

À força de um alento verdadeiro
deixa que a minha solidão
prolongue mais a tua.
Parece uma renúncia que ali vai
a ver fantasmas e a dançar na lua,
a rasgar seu magro cativeiro.
É um carvalho a nascer
nas noites estreladas
até ao abismo da ternura derradeira.

Alberto Nemesio

A tempo entrei no tempo
E a minha voz contente dá as boas noites
E lá fora um grande silêncio
Como um Deus que dorme

A tarde suave e os ranchos que passam
Como quem se salva a tempo
Com mais tempo terei tempo
Sentir a vida a correr por mim

Ana Luísa 11A

Vergílio Meireles

Desgaste, corrosão do que de novo
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida. Entre um começo e outro não há nada
não se as minhas perguntas aos depósitos do nada,
exceto nada da vida vivida
pergunto-te onde se acha minha vida.

Inês Magalhães 11A


Dá-me a tua mão.
Parece uma renúncia que ali vai.
A força de um alento verdadeiro.
Deixa que a minha solidão
Da bolota que cai
até ao abismo da ternura derradeira
a rasgar o seu negro cativeiro! Ser!
Nas noites estreladas
E é um carvalho a nascer.
Dá-me a tua mão companheira.
Do que a vida é capaz...
Para aqui de mãos dadas!
O que o dedal da seiva faz
a ver os fantasmas a dançar na lua.

Bárbara Lobo 11A

Meto-me por dentro, e fecho a janela.
A tempo entrei no tempo
E lá fora um grande silêncio como um Deus que dorme.
Sem tempo dele sairei.
Oxalá a minha vida seja sempre isto
Contra tempo, eterno
O dia cheio de sol ou suave de chuva.
No fim dos tempos serei
o último olhar amigo dado ao sossego das árvores.
A paz que usei, e a minha voz contente dá as boas noites
E entretanto, durei.

Diogo Soares 11A

Se é real a luz branca
julguei possuir estrelas
desta lâmpada
real a mão que escreve
são reais os olhos que olham a escrita?
Ai como estrelas andaram
misteriosas e distantes.

Diogo Dias 11A

Enfim, depois de tanto ano passado
Apesar das ruínas e da morte
Tantas retaliações, tanto perigo
A força dos meus sonhos é tão forte
Nunca perdido, sempre reencontrado
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sempre comigo um pouco atribulado.

Ricardo Pereira 11A


Antero de Moraes

Enfim, junto do mar tanto perigo.
O velho amigo hesita dum pensamento.
Um pouco atribulado lamento.
Força obscura? Tortura comigo!

João Barroso 11D

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